Porque volto sempre
Todos os dias penso em escrever e raramente o faço.
Todos os dias tenho uma nova ideia e raramente a concretizo.
Todos os dias tenho um novo texto e raramente o publico.
Quero-o fazer. Quero escrever e quero que os meus textos sejam publicados. Queria ter a coragem de passar as minhas ideias para o papel virtual do meu computador e mais coragem ainda para as enviar para o mundo. Mas não tenho. Pelo menos não na maioria dos dias.
Ao olhar para os meus textos antigos tenho vergonha. Vejo que não são bons para mim, e ainda piores para os outros. Mesmo estas palavras, tenho vontade de as apagar à medida que as escrevo.
Há dias, como o de hoje em que algo despoleta uma nova faisca.
Há dias, como o de hoje em que de novo ganho coragem.
Há dias, como o de hoje em que algo me faz de novo voltar a escrever e a publicar.
Apesar de ter vergonha dos textos passados não os apago, pelo mesmo motivo pelo qual hoje ganhei a coragem de escrever este texto. Apesar de ter vergonha e de saber que este texto não devia sequer ter saido da minha cabeça, vou publica-lo na esperança de que amanhã tenha a mesma coragem e de que com o acumular de textos vergonhosos, um dia mais tarde possa olhar para trás e ver que foram todas estas palavras o motivo para conseguir finalmente escrever algo de que me orgulhe.