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O pior cego

Não, não quero ver, por isso fujo para mundos meus de leitura, filmes, series e agora também de escrita.

O pior cego

Não, não quero ver, por isso fujo para mundos meus de leitura, filmes, series e agora também de escrita.

04.Mar.17

28 Dias - O bom escritor

     Passava horas em frente a uma folha de papel com a caneta na mão. Começou mais de 100 livros, escreveu mais de 200 contos. Às criticas e aos pequenos textos perdeu-lhes a conta. Até poemas chegou a escrever. No seu pequeno caderno tinha frases de que se orgulhava e outras que tinham perdido o sentido mal passaram para o papel. Havia personagens que lhe eram desconhecidas e outras que eram como velhos amigos. Alguns, como velhos confidentes, de todas as idades e países, permaneciam imutáveis. Outros, os seus amigos, envelheceram com ele, casaram e tiveram filhos, alguns até se divorciaram. Também conhecia monstros e fadas, reis e príncipes encantados. Conhecia o passado e o futuro, reinos de encantar com leis físicas diferentes e línguas que nunca foram ouvidas por ninguém. Conhecia todos os cantos da Terra, deste o topo do monte Everest até ao fundo da fossa das Marianas, dos cantos mais recônditos da Amazónia até às dunas do Saara. Através da sua caneta ele conheceu tudo o que havia para conhecer e inventou tudo o resto.

     Ele tinha um talento como nunca antes foi visto. Ele tinha um caderno que nunca será visto.