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O pior cego

Não, não quero ver, por isso fujo para mundos meus de leitura, filmes, series e agora também de escrita.

O pior cego

Não, não quero ver, por isso fujo para mundos meus de leitura, filmes, series e agora também de escrita.

07.Mar.17

25 Dias - O final feliz

     A tentativa de escrever sobre felicidade e esperança está reservada ao fracasso. Na escrita, como na vida, o que mais marca é o sofrimento.

     Nós remoemos o sofrimento e deixamos a felicidade passar. O sofrimento fica connosco mas a felicidade é passageira. A felicidade não parece real. Todos nós sabemos o que nós faz mal, o que nos faz sofrer. Temos inúmeros exemplos na ponta da língua se a pergunta surgir. Poucos de nós sabemos o que realmente nos faria felizes. A felicidade distrai da realidade e por isso deixamo-la passar e esquecemo-la. Nos raros casos em que não é esquecida, é transformada, invariavelmente, em algo bem mais real. Em sofrimento!

     Não somos ensinados a viver felizes. Nem nos filmes ou livros mais criativos a felicidade é vista como algo normal. A realidade de um livro está no sofrimento. A felicidade está reservada para o fim. A felicidade está reservada para os que sofrem. Mas só no fim. Só nas últimas páginas do livro, só nos últimos minutos do filme estamos autorizados a ver o que seria a felicidade. E acabamos sempre com aquela sensação de que essa é a parte menos real do filme.

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