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O pior cego

Não, não quero ver, por isso fujo para mundos meus de leitura, filmes, series e agora também de escrita.

O pior cego

Não, não quero ver, por isso fujo para mundos meus de leitura, filmes, series e agora também de escrita.

03.Abr.17

Black sails

     O desafio deste mês, apesar de não o estar a partilhar todo, é tentar fazer uns rabiscos todos os dias. Mais uma vez, a ideia veio de uma Ted Talk (pesquisar por Doodlers Unite). Não tenho muito jeito para o desenho, mas isso só quer dizer que é mais fácil melhorar.

     Hoje foi o fim de uma série de que gosto bastante, Black Sails, então, com a ajuda do google, fiz estes rabiscos relacionados com a série. Para quem não tem muito jeito, até fiquei contente com o resultado.

black sails.jpg

 

02.Abr.17

Utopia

     O mundo é como é mas pessoas vivem todas em paz. Não há guerras nem fronteiras. Ninguém sequer precisa de trabalhar. É tudo feito por máquinas e não existe dinheiro nem negócios. Tudo o que queremos é-nos simplesmente entregue. Podemos viajar à vontade, talvez até por tele-transporte, para não termos de sofrer as horas aborrecidas que se passam num avião, mas todo o mundo é igual. Não há monumentos diferentes porque vivemos todos em igualdade. Não existem diferenças culturais. Na verdade nem cultura existe. Ninguém trabalha, então ninguém faz filmes nem teatro. Não há sequer um museu. Toda a gente é imortal, não há cancro nem sequer uma constipação. Todos têm o mesmo conhecimento. Enquanto se janta não se vêm as noticias. Não há noticias porque não se passa nada de diferente. Toda a gente vive feliz, mas não me perguntem como. Viver numa utopia, num mundo perfeito, parece-me bastante aborrecido.

01.Abr.17

A guitarra

     É como um prolongamento dos meus braços. Na ponta dos meus dedos sinto as cordas firmes. Tantos anos deixaram-nos calejados. Posso passar horas a fio agarrado a ela. Por entre melodias conhecidas e acordes tocados de forma aleatória vou redescobrindo este prazer que me enche. Por entre músicas que canto e outras pelas quais apenas me deixo embalar ao seu som tão familiar, deixo-me levar. Tocar numa corda, como se fosse a primeira vez e ficar ali vários minutos a deixar aquele som retinir no mais intimo de mim ou tocar numa sequência rápida, mais rápida do que os meus dedos conseguem acompanhar. Seguir o ritmo estipulado. Tudo é permitido para a descobrir.

     Com a guitarra ao colo, repito cada toque, cada música, cada melodia ao extremo. Toco e volto a tocar a mesma melodia vezes e vezes seguidas até a conseguir captar, até a conseguir prender dentro de mim. Descubro novos sons. Sons que julguei impossíveis. Sons maus, sons péssimos. Por vezes sons errados que soam tão certo. Com a guitarra ao colo invento músicas e melodias. Escrevo letras e poesias. Com a guitarra ao colo invento e reinvento aquilo que um dia julguei ser impossível. Com a guitarra ao colo descubro e redescubro coisas que pensei já não existirem. Com a guitarra ao colo deixo-me levar e sonho.